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VAPES – O cigarro eletrônico que traz riscos  à saúde de jovens

Conhecido como “vapes” entre os jovens, o produto possui uma embalagem atraente e a falsa promessa de ser menos prejudicial à saúde, o cigarro eletrônico, que oficialmente recebe o nome de Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF), se popularizou no mundo, entretanto é proibido no Brasil, porém é facilmente encontrado, gerando grande preocupação para o sistema de saúde de todo o país.

Com diferentes essências e sabores, o cigarro eletrônico pode provocar consequências tão severas quanto o cigarro comum, incluindo doenças pulmonares e cardiovasculares e o temido câncer.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, o Vape possui nicotina, apesar de não queimar tabaco, seu consumo pode danificar os pulmões e causar problemas como câncer e enfisema. Apesar de não haver combustão, a nicotina presente é extremamente viciante e pode afetar o desenvolvimento cerebral em adolescentes e jovens adultos; segundo as informações dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

O jovem, Felipe Melo, após vício do uso do cigarro eletrônico, precisa usar bombinha para recuperar o pulmão. “Eu achava que o cigarro eletrônico não fazia tão mal, igual ao cigarro comum, mas ele é infinitas vezes pior. Tenho só 22 anos e fiquei com a minha saúde comprometida devido a esse produto. Se eu pudesse voltar atrás, nunca teria usado.”

Muito além do pulmão

O cigarro eletrônico causa grandes impactos na saúde do coração, aumentando riscos de AVC, infarto, hipertensão arterial, além de prejuízos cerebrais.

Um estudo científico feito na Universidade Columbia e publicado no periódico científico ‘Substance Use and Misuse’, apontou que fumar cigarros eletrônicos aumenta o risco de consumir maconha ou álcool em excesso em até 20 vezes. A pesquisa avaliou dados de mais de 50 mil jovens entre 13 e 18 anos, que participaram da enquete ‘Monitoring the Future’, aplicada pelo Instituto Nacional de Abuso de Drogas dos Estados Unidos.

Tratamento

Segundo a cardiologista Jaqueline Scholz que comentou sobre o tratamento de usuários do produto, em uma entrevista para a BBC News Brasil.

Scholz disse que os dados chamam atenção, e que os usuários vão procurar tratamento, pois chega um momento que as pessoas que usam o produto estão incomodadas com isso, então elas buscam tratamento.

“Basicamente, o que os fumantes de cigarro convencional falam é que a dependência do novo produto é muito maior. Não existe, como existe no uso do cigarro tradicional, limites para esse consumo. Você consegue usar em qualquer ambiente. Outro ponto é que nós tratamos o indivíduo que possui dependência em vape como tratamos aquele que é dependente do cigarro convencional. Muitas vezes nós precisamos de medicamentos potentes. Infelizmente agora a vareniclina está em falta no mundo. Existem alguns genéricos, mas eles não chegaram ao Brasil ainda. Essa é uma preocupação a mais porque é muito importante termos um arsenal terapêutico com a possibilidade de usar a variniclina”.

Colaboração: Aline Beatriz

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