Cuidados com os recursos hídricos e prevenção de incidentes com óleo na área portuária
Área Portuária em evidência – Professora e Engenheira de Segurança do Trabalho Ernanda Moura, realizou nessa quarta-feira (03/05), uma inspeção e levantamento de cenários de possíveis incidentes ambientais na área portuária de Manaus. O serviço faz parte dos pré-requisitos para a renovação da Licença de Operação (L.O.), exigida a todas empresas ou entidades que atuam em área com risco de incidentes de poluição por óleo, em águas sob jurisdição nacional.
Na elaboração desses documentos, é necessário trazer ações de respostas, que são estabelecidas a partir da definição dos cenários de derrame de óleo, e simulação da dispersão das manchas no corpo hídrico.
Levando em consideração a importância dos cuidados com os recursos hídricos, e a ambientação com a realidade do mercado de trabalho, a professora de pós-graduação, Ernanda Moura, levou seus alunos para evidenciar a prática de campo, com a sala de aula, assessorando-os na elaboração desse documento que é de suma importância, visando assegurar a preservação do corpo hídrico.
A Engenheira e Professora Ernanda Moura, relata que sempre enfatiza em sala de aula, o quão importante é elencar a prática com a literatura.
“Traze-los a um cenário real, faz com que os alunos vejam a grande responsabilidade que é elaborar tais documentos, e assim ao concluir o curso de especialização, estarão aptos para o mercado de trabalho.”, enfatiza a professora.
Após vivenciar na prática tudo o que aprenderam em sala de aula, os alunos do curso de Engenharia de Segurança do Trabalho, relataram suas impressões e aprendizagens.
“Um dia antes da inspeção, tivemos uma reunião com a Professora Ernanda Moura, na qual ela nos explicou o que era um PEI, e o que iríamos avaliar no cliente in loco, ao chegar lá nos deparamos com um cenário inimaginável, pois a olho nu, não conseguíamos ver o que ela buscava, após ela instigar os colaboradores que ali acompanhavam a inspeção, é que fomos entendendo.” Afirma a Engenheira Otaviana Tavares.
“Ao iniciar a inspeção você não consegue ver o cenário, e o intuito da inspeção é avaliar, e mostrar para os clientes os possíveis cenários de risco, para então eles, se preparem para possíveis incidentes de óleo.” relata o Engenheiro Jairon Sena.
A Engenheira Eletricista Otaviana Tavares, afirma que “um dos cenários prováveis de um derrame de produtos inflamáveis, poderão causar uma situação de incêndio e ou explosão, sendo esta a pior ocorrência, podendo ser pelos tanques das instalações, ou de qualquer outra embarcação que esteja atracada nos portos, essas explosões podem ocorrer por fontes de ignição como: Eletricidade, Atrito, Centelhas, Superfícies aquecidas, reações químicas e incêndios premeditados, Solda e corte, Eletricidade estática, Ignição espontânea, e outros.”
“Participar da elaboração do documento PEI, propôs conhecimentos técnicos para orientar o cliente para agir em eventuais incidentes nos processos de derrame de óleo nos rios, com intuito de evitar prejuízos a natureza, como as alterações das características do solo, da água, e a contaminação dos recursos naturais vindo a prejudicar todo o ecossistema”, finaliza o Engenheiro Ambiental Jairon Sena.
O que é Plano de Emergência Individual -PEI?
É um documento ou conjunto de documentos que contém as informações e descreve os procedimentos de resposta da instalação (portos organizados, instalações portuárias, terminais, dutos, sondas terrestres, plataformas e suas instalações de apoio, refinarias, estaleiros, marinas, clubes náuticos e instalações similares) a um incidente de poluição por óleo, em águas sob jurisdição nacional, decorrente de suas atividades. Seu conteúdo está estabelecido pela Resolução Conama nº 398, de 11 de junho de 2008.
Quando necessário ter o documento PEI?
É necessária a apresentação do PEI por ocasião de licenciamento ambiental e sua aprovação quando da concessão da Licença de Operação (LO), da Licença Prévia de Perfuração (LPper) e da Licença Prévia de Produção para Pesquisa (LPpro), quando couber.
Os planos são avaliados pelos órgãos estaduais de meio ambiente e pelo Ibama no âmbito dos empreendimentos por eles licenciados.