BR 319 pode reduzir significativamente a poluição dos rios da Amazônia
Sabendo que tanto as embarcações quanto os terminas hidroviários e portuários, são poluidores em potencial, compreendendo ainda que os recursos hídricos estão cada vez mais escassos, principalmente no que se refere a água potável, podemos levantar a polêmica que existe em torno da pavimentação da BR 319.
Por maior que sejam os cuidados e fiscalização, no que se refere ao transporte fluvial na bacia amazônica, até mesmo por sua grandiosidade e complexidade, fica praticamente impossível dar o mínimo de garantia no que se refere ao controle da poluição e contaminação da bacia hidrográfica, bem como dos recursos hídricos como um todo.
É inegável a lógica de se pensar que o transporte terrestre é muito menos prejudicial ao meio ambiente do que o fluvial. Uma vez que os veículos automotores produzem poluentes que são eliminados por seus escapamentos e atingem a atmosfera, porém, a poluição dos veículos é mensurável e tem maior facilidade no que diz respeito ao controle e fiscalização da emissão de gases poluentes.
Já as embarcações e terminais portuários também produzem o mesmo poluente, mas com uma quantidade bem maior e de difícil mensuração e controle no que diz respeito a fiscalização. Vale ainda acrescentar como agravante das embarcações, a contaminação por óleo despejado diretamente nos rios e afluentes, além do descarte inadequado de detritos e dejetos.
Pavimentação da BR 319
Ao se levantar tais pontos, fica facilmente perceptível a necessidade urgente da pavimentação da BR 319, para a preservação do meio ambiente como um todo, mas, principalmente para minimizar os impactos causados pelos poluentes gerados pelas embarcações e terminais de carga e descarga que agridem a bacia hidrográfica da isolada e discriminada região norte do país.
É inegável que o transporte terrestre polui bem menos que o fluvial, mas a chegada do verão amazônico traz à tona outros problemas que agravam ainda mais poluição dos recursos hídricos.
O isolamento de comunidades ribeirinhas e de muitas cidades da região norte, faz com que atitudes extremas sejam tomadas em detrimento da sobrevivência e do direito essencial a vida, e isso por muitas das vezes finda por trazer prejuízos imensuráveis ao meio ambiente.
Destaque na mídia nacional
Foi destaque na mídia nacional a fala do senador Omar Aziz (PSD-AM), em tom de crítica e repudio a política de desprezo adotada pela ministra do meio ambiente Marina Silva, no que se refere ao povo da região norte.
“Eu a condeno por fazer com que o meu Estado fique isolado. Ela não tem propostas ambientais para o Brasil. Só sabe dizer ‘não pode’ e ‘não deve’. Eu estou acusando Marina Silva de ser a responsável pelo isolamento do meu Estado”, desabafou o senador em encontro com representantes do governo federal na última terça-feira (26).
O senador Omar voltou a fazer uma fala bastante emblemática no plenário do senado federal na quarta-feira (27), “A ministra Marina Silva há anos, com a ajuda de pessoas desinformadas, não permite que a gente asfalte a BR-319. E hoje Manaus e o meu Estado, e o Estado de Roraima estão isolados, eles não fazem parte da Federação Brasileira. Porque não tem acesso, não tem acesso pelos rios, não tem acesso pela estrada”, afirmou Omar.
A fala do senador Omar Aziz, reverbera no cenário nacional o que já é de amplo conhecimento na região norte, que nos últimos anos os governos têm sido incapazes de montar um Ministério do Meio Ambiente com conhecimento da realidade da região, o que os torna incapazes der tomar atitudes que realmente venham de encontro a preservação e conservação dos recursos naturais. E por não ter conhecimento das adversidades da região, ao invés de cuidar e proteger o meio ambiente finda por prejudicar ainda mais, trazendo prejuízos irreparáveis aos recursos hídricos, a fauna, a flora e a população em geral.
BR 319 trará mais Dignidade
Asfaltar a BR 319, é bem mais que uma questão política, ou industrial, é dar um pouco mais de dignidade e humanidade ao povo que vive na região, é dar mais esperança a fauna e a flora, e principalmente reduzir significativamente a degradação e poluição dos recursos hídricos da bacia Amazônia.