Israel emite ultimato de 24 horas para evacuação de Gaza
Segundo informações, o aviso foi dado através de panfletos espalhados na cidade de Gaza na noite de Quinta-Feira, gerando tensão para um possível conflito.
Em um desenvolvimento que aumenta ainda mais as tensões na região da Faixa de Gaza, o exército de Israel emitiu um ultimato aos moradores da Cidade de Gaza e seus arredores, exigindo que deixem suas casas em direção ao sul em até 24 horas. O prazo dado pelos militares israelenses expira às 18h desta sexta-feira, pelo horário de Brasília.
A informação foi divulgada por meio de panfletos distribuídos entre os moradores locais na noite de quinta-feira, especificamente para aqueles que residem na região norte da Faixa de Gaza.
O porta-voz do exército de Israel declarou que a “evacuação é necessária para a própria segurança” dos habitantes da área e recomendou que as pessoas somente retornem à Cidade de Gaza quando o governo israelense assim permitir.
No entanto, o grupo Hamas, que atualmente governa a Faixa de Gaza, pediu que a população ignore a ordem israelense e permaneça em suas residências. Essa resistência do Hamas à evacuação sugere uma escalada potencial das hostilidades na região.
Os palestinos na Faixa de Gaza temem que essa ordem de evacuação seja um “aviso” de que o exército israelense planeja realizar uma ofensiva terrestre na área. A situação permanece tensa, com muitos observadores internacionais preocupados com o possível agravamento do conflito.
Pouco tempo antes do anúncio nas redes sociais do exército israelense, a Organização das Nações Unidas (ONU), emitiu um comunicado informando que os militares israelenses haviam avisado todos os palestinos na região norte da Faixa de Gaza, que totaliza cerca de 1,1 milhão de pessoas, para migrarem para o sul.
No entanto, de acordo com informações fornecidas pelo exército de Israel, o alerta se refere especificamente à Cidade de Gaza, que abriga 677 mil habitantes.
Israel também afirmou que nos próximos dias as operações na Cidade de Gaza serão “significativas” e enfatizou que os moradores da região não devem se aproximar da fronteira ou tentar ultrapassá-la.
O chefe do gabinete de comunicação do Hamas, Salama Marouf, classificou o aviso de “propaganda falsa, com o objetivo de semear confusão entre os cidadãos e prejudicar nossa coesão interna”. Ele aconselhou os cidadãos palestinos a “não se envolverem nessas tentativas”.
A situação na Faixa de Gaza permanece extremamente instável, e a comunidade internacional está acompanhando de perto os acontecimentos na região, com a esperança de uma resolução pacífica e a redução das tensões.
Colaboração: Hauwang Soares