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Grupo Chibatão aponta solução inovadora para minimizar impactos da estiagem na Amazônia em 2024

A instalação do píer flutuante provisório na Enseada do Madeira é uma iniciativa que tem a parceria do Cieam, Marinha do Brasil, Dnit, Antaq, Sedect, Receita Federal, Praticagens do Amazonas e Suframa.

O Porto Chibatão está se preparando para enfrentar os desafios da estiagem na região amazônica em 2024 com uma iniciativa inovadora e colaborativa. Em parceria com a Marinha do Brasil, Cieam, DNIT, Antaq, Sedect, Receita Federal, Praticagens e Suframa, a operação busca minimizar os impactos da baixa do rio Amazonas, proporcionando soluções logísticas eficientes de forma segura e antecipada.

A operação consiste na instalação de um píer flutuante provisório na Enseada do Rio Madeira, com dimensões de 180 metros de comprimento por 24 metros de largura. Seus objetivos incluem o alívio do calado dos navios na operação de transbordo, permitindo que sigam navegando até o Porto de Manaus, e a transferência eficiente da carga para balsas, caso não haja profundidade suficiente para a navegação até Manaus.

Em coletiva à imprensa, nesta quarta-feira (24), no Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), o coordenador da Comissão Cieam de Logística, Augusto César Rocha ressaltou a ação de liderança que vem sendo feita pelo Chibatão, desde março deste ano, quando em conjunto com a Marinha e Praticagem solicitou serviços de batimetria onde ficou atestado que o nível do rio na Enseada do Madeira e no Tabocal, regiões cruciais para navegação no estado, apresentam mais de 2 metros abaixo do que no mesmo período de 2023, ano em que foi registrado a pior seca no Amazonas.

“A Amazônia, há muito tempo, vem sendo negligenciada pelo poder público na questão da infraestrutura. O que estamos apresentando aqui é uma solução para evitar um novo prejuízo econômico para indústria e comércio que tivemos em 2023, onde registramos mais de R$ 1,4 bilhão de custos excessivos por conta seca severa. O píer provisório é um plano que vai dar certo, e o Chibatão, mais uma vez entra de novo na liderança de forma audaciosa para enfrentar os problemas de logística”, observou.

Para o coordenador da Comissão Cieam de Comércio e Exterior, Celiomar Gomes essa iniciativa passa segurança para os clientes, em especial, aos que realizam operações internacionais. “O que está sendo proposto, com a instalação desse píer provisório, ameniza a dor do Polo Industrial de Manaus. Não é uma operação de risco e isso, sem dúvida, passa segurança para as operações e o mercado internacional”, ressaltou.

De acordo com o Diretor Executivo do Grupo Chibatão, Jhony Fidelis, a Amazônia é o único lugar do mundo a operar com píers flutuantes, fator que imprime a credibilidade de se realizar a instalação do porto provisório, com parte da estrutura já existente, no local onde os navios vão chegar no período da seca.

“Estiagem não é algo novo, sempre tivemos dificuldades e não podemos permitir que o que aconteceu em 2023, quando os navios deixaram de passar, volte a acontecer. Nos antecipamos a um possível problema, e no dia 16 de abril, entregamos ao DNIT, em Brasília, relatório que aponta de forma bem clara que em 2024, a seca pode ser pior que a seca do ano passado. A instalação do píer provisório nos dá uma alternativa, que se soma a ação da dragagem esperada nas regiões do Tabocal e Enseada do Madeira”, explicou.

Píer provisório

O píer estará em funcionamento de setembro a dezembro de 2024, cobrindo o período crítico da estiagem na região. No local, a atracação e desatracação dos navios serão realizadas exclusivamente durante o dia, com assistência de rebocadores azimutais para manobrar os navios garantindo segurança em todas as operações.

Essa iniciativa da Gestão Corporativa do Grupo Chibatão representa uma resposta proativa e colaborativa para os desafios logísticos enfrentados durante a estiagem na Amazônia, destacando a importância da cooperação entre entidades públicas e privadas para garantir o abastecimento e a integridade das operações na região.

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