Economia

Dia Internacional da Família: Produtora rural e seus familiares comercializam produtos nas feiras regionais da ADS

O Dia Internacional da Família é comemorado nesta segunda-feira (15/05), e nas Feiras de Produtos Regionais da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), do Governo do Estado, a família da produtora rural Dionísia Azedo Araújo, 67 anos, destaca-se pela união familiar e pelo trabalho colaborativo em sua propriedade rural, localizada no sítio Nossa Senhora Aparecida (ZF1A, quilômetro 12 – entrada pela rodovia BR-174, quilômetro 41). Ela é agricultora e conta com o apoio do seu marido e filhos no cultivo de laranja, tucumã, coco, pitaya, limão e banana.

“Minha família é composta por cinco pessoas: eu, meu marido e meus três filhos. O meu filho Adriano me ajuda no cultivo e aqui na feira. O André e a Adriana me ajudam na comercialização, porque eles moram e trabalham aqui na cidade. O meu esposo José Araújo é o nosso piloto, é ele que dirige até aqui, também cultiva e comercializa os nossos produtos”, destaca Dionísia.

A família Araújo comercializa seus alimentos na edição da feira realizada pela ADS, aos sábados, das 5h às 11h, no Centro Cultural dos Povos da Amazônia, zona sul de Manaus. No local, são comercializadas cerca de 40 sacolas de laranja, que totalizam a venda de 1 mil unidades de laranja vendidas por edição. O produto é o carro chefe de vendas da família.

“Hoje nós participamos apenas dessa feira, comecei na edição que ficava no São José, faz uns cinco anos, depois eu fiquei na edição do Parque Dez e agora estamos aqui. Antes disso, eu comercializava meus produtos na rua”, contou a mãe. Ao lembrar de que tinha uma pequena venda e sempre foi boa para vender produtos, uma herança do seu pai. “Eu trabalhava no bairro Coroado, mas o negócio foi ficando ruim e não deu mais para gente trabalhar, foi o tempo que conseguimos esse terreno”, relatou.

Atualmente seu terreno possui 26 hectares, a propriedade tem 500 pés de laranja, 200 pés de coco, mil pés de pitaya, 50 pés de banana e aproximadamente 200 pés de tucumã.

“Eu conheci a feira da ADS por intermédio de um vizinho, ele viu que tínhamos muita fruta e a nossa penitência de ficar na rua vendendo, aí ele falou: olha, por que vocês não vendem pela ADS? Aí nós procuramos saber como funcionava, fomos até o local e nos inscrevemos. As nossas vidas mudaram depois da feira”, salientou a produtora.

Rotina da família

A família chega ao sítio na segunda-feira e fica na propriedade até quinta. Nesse período, eles fazem a colheita dos produtos, além da limpeza do local. “Passamos segunda, terça, quarta e quinta no sítio. No primeiro dia, pela parte da tarde, eu vou à roçadeira e o Adriano e o josé vão colher a laranja, o limão, o tucumã, que é a parte mais difícil. O Adriano tira a laranja e ainda faz a limpeza dos coqueirais”, explicou. Além do cuidado com os limões, par que não fiquem molhados e queimem.

“Para mim, a feira é muito importante, pois é por meio dela que eu consigo o pão de cada dia, consigo pagar minhas contas e assim, vamos vivendo. Eu não quero que essa feira acabe, eu quero que ela melhore a cada dia”, enfatiza a produtora e feirante, que ressalta a importância da família para no carinho, no amor. “Nós somos aqueles pais que brigam para que eles venham continuar no caminho certo, isso é amor, é o cuidado. Enquanto eu for viva, os meus filhos serão os meus bebês”, destacou.

O feirante ressalta que trabalham para fazer clientes e para conquistá-los, pois não estão na feira para vender somente um dia, estão para vender por mais 10, 20, 30 anos. “Se o meu cliente não puder vir à feira, eu levo o produto na casa dele. Eu ainda vou me aposentar, mas é um amor que eu tenho pelo sítio e por tudo que eu faço”, ressaltou o patriarca da família, José Araújo.

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