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Concentração na Indústria da Construção cai a menos da metade em 10 anos, segundo IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, divulgou nessa quinta-feira (25) a Pesquisa Anual da Indústria da Construção – PAIC, referente a 2021.

Entre 2012 e 2021, houve uma marcante redução da concentração na Indústria da Construção, o que pode ser interpretado como algo positivo para o setor. Em 2012, as oito maiores empresas representavam 10,8% do setor, enquanto para 2021, a participação das oito empresas líderes recuou para 4,3%, o que indica maior diversificação no setor e menor taxa monopolística das empresas líderes.

Esta redução do chamado “market share” das empresas líderes, ou seja, da sua participação no mercado da construção civil, é positiva para o consumidor e clientes. Possíveis menores preços no setor e entrega de produtos de maior qualidade, em vista da maior concorrência entre um maior número de empresas, são alguns dos fatores retratados na pesquisa. 

Outro indicador positivo na última década é que o pessoal empregado no setor cresceu 11,4%, que é a maior variação percentual desde 2010. Também, o número de empresas de Construção cresceu 11,7%, maior taxa anual desde 2013. Este dado diverge do número de postos de trabalho na Indústria da Construção, com queda de 22,9% em comparação a 2012. Segmento de construção de edifícios e de Obras de infraestrutura também perderam postos de trabalho, em 31,7 e 33,6%, respectivamente. 

O setor com maior alta em número de pessoas ocupadas entre os segmentos da Construção foi o de Serviços especializados: 17,9%. Porém, a ocupação no setor de Obras e infraestrutura caiu 0,6%. 

Também o setor de Obras e infraestrutura representa 36,5% do total de salários e outras remunerações.

Em salários mínimos, o salário médio mensal da construção caiu ao menor nível da série iniciada em 2007. Em 2021, foi registrada uma média de 2,1 salários mínimos. 

Metodologia

A Pesquisa Anual da Indústria da Construção, PAIC, tem por objetivo identificar as características estruturais básicas do segmento empresarial da construção no País e suas transformações no tempo, contemplando, entre outros aspectos, dados sobre pessoal ocupado, salários, custos e despesas, receitas, valor das obras e/ou serviços especializados, e valor adicionado. Seus resultados constituem referência para a análise das atividades que compõem esse segmento e podem ilustrar modificações ocorridas no setor em uma série de 10 anos. 

Fonte: Brasil 61

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