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Burnout: Exaustão física e emocional que afeta a saúde mental do trabalhador

Burnout é classificada como síndrome que afeta a saúde mental do trabalhador, e tem se tornado cada vez mais comum; caracterizada pela exaustão física e emocional resultante da sobrecarga prolongada e estresse relacionado ao trabalho. Muitas pessoas são acometidas por essa doença devido ao estresse e a ambientes tóxicos em seus locais de trabalho.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), incluiu o burnout em 2022 na classificação internacional de doenças, a CID-11, como sendo um fenômeno ocupacional, ou seja, uma esgotamento e estresse condicionado exclusivamente ao local de trabalho.

Essa síndrome, segundo ISMA-BR, afetou, em 2018, cerca de 32% da população que sofre com estresse, algo em torno de 33 milhões de trabalhadores brasileiros.

O psicólogo Antônio José em uma entrevista à Agência Brasil, disse que para evitar o Burnout é necessário que haja uma mudança no ambiente de trabalho.

“O aquário seria a empresa, a água, a cultura organizacional, e os peixes, os colaboradores. Se o peixe adoece, não adianta você tratar o peixe. Você teria que tratar a água, caso contrário, o peixe vai ser tratado, vai voltar para o aquário e vai ficar, de novo, acometido pela síndrome de burnout, esse mal silencioso”, faz a analogia. “Precisa tratar da água, do aquário e consequentemente, da cultura organizacional”, finaliza.

O que é o Burnout?

A síndrome de burnout deriva do termo inglês, burn = queimar e out = exterior, também conhecida como a síndrome do esgotamento profissional.

Esse distúrbio trata-se de um estresse crônico no trabalho, não administrado com sucesso. Ocorre de uma relação de sintomas resultantes da exposição excessiva a condições estressantes, que afetam a saúde mental e física do trabalhador.

A OMS, caracteriza a síndrome com três componentes determinantes:

Exaustão: Isso envolve sentimentos de esgotamento, falta de energia e fadiga intensa. A pessoa se sente emocionalmente drenada e incapaz de lidar com as demandas do trabalho e da vida.

Alienação: desinteresse agudo e desconexão emocional, perda de prazer nas atividades.

Ineficácia: A pessoa pode começar a questionar seu próprio desempenho no trabalho e sentir uma diminuição da autoestima em relação a suas habilidades e realizações profissionais.

O diagnóstico do burnout acompanha presença de sintomas físicos, mentais e comportamentais a fatores estressores (causas), detectados no ambiente de trabalho

Como prevenir o Burnout:

A prevenção do burnout envolve a adoção de estratégias e mudanças no estilo de vida que reduzam o risco de desenvolver esse estado de exaustão. Aqui estão algumas dicas para prevenir o burnout:

Estabeleça limites claros: Defina limites em relação ao tempo e energia que você investe no trabalho, evite ultrapassar esses limites com frequência.

Gerencie o estresse: Aprenda a gerenciar o estresse de maneira eficaz, usando técnicas como a meditação, o exercício físico e a respiração profunda para relaxar.

Cuide da saúde física: Mantenha uma dieta equilibrada, faça exercícios regularmente e durma o suficiente. O cuidado com a saúde física é fundamental para a resistência ao estresse.

Tenha momentos de descanso: Tire intervalos regulares ao longo do dia de trabalho para descansar e relaxar, mesmo que sejam curtas pausas.

Busque apoio profissional: Se você sentir que está à beira do burnout ou já estiver sofrendo ou percebendo os sintomas, procure ajuda de um profissional de saúde mental. A terapia pode ser uma ferramenta valiosa na prevenção e tratamento do burnout.

Desconecte-se do trabalho: Evite levar trabalho para casa, desconecte-se de e-mails e mensagens de trabalho fora do horário de trabalho e aproveite seu tempo livre.

A prevenção do burnout é um esforço contínuo que requer autoconsciência e ação proativa. É muito importante conhecer seus próprios limites e adotar um estilo de vida equilibrado é fundamental para manter a saúde mental e evitar o burnout.

Colaboração: Aline Beatriz

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