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Inverno amazônico: vacinas ajudam na prevenção de doenças do sistema respiratório

Após um início ‘tímido’, em novembro de 2023, o ‘inverno amazônico’ vem se intensificando nos últimos dias, com chuvas intensas neste mês de fevereiro. Mas além de encher os rios e aliviar a pressão do calor, essa estação, que se estende até maio, aumenta também o número de casos de doenças infecciosas, ligadas ao sistema respiratório. Felizmente, boa parte delas são preveníveis por vacinas que podem ser encontradas até mesmo em farmácias.

Uma das doenças mais comuns no período é a influenza, ou ‘gripe’, como é comumente chamada. De acordo com boletim divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto – FVS-RCP/AM, até o fim da última estação chuvosa, em maio deste ano, haviam sido registradas 132 hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza, no estado.

“A gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório que contém um grande potencial de transmissão no período chuvoso, aumentando assim os casos e a procura pelas vacinas. Normalmente, por observarmos essa maior demanda nesses períodos, já reforçamos os estoques com antecedência”, afirma a supervisora de serviços farmacêuticos da Rede Santo Remédio, Bruna Barros.

A profissional ressalta a importância de buscar a vacina contra influenza e lembra que o acesso a esse imunizante tem se tornado cada vez mais fácil. Além da disponibilidade na rede pública, agora pode ser encontrado nas farmácias, onde não há necessidade de agendamento e o procedimento dura poucos minutos.

Desde 2014, por meio da Lei nº 13.021, as farmácias podem realizar esses serviços farmacêuticos por meio de um profissional habilitado. “Temos farmacêuticos com especializações que permitem a aplicação dos imunizantes e dispomos de salas de vacina para a melhor comodidade dos clientes”, afirma a profissional.

Outras indicações

Também indicada para o inverno amazônico, a pneumocócica 13 é uma vacina que previne a pneumonia, doença que afeta o sistema respiratório e pode se espalhar para o sangue e pulmões. É importante verificar com seu médico a necessidade de aplicar o imunizante, mas a orientação costuma ser comum para pessoas idosas, tabagistas, pessoas com doenças crônicas ou com baixa imunidade.

A meningite é outra doença comum na estação chuvosa amazônica, já que tem sua transmissão facilitada pela aglomeração de pessoas em lugares fechados. Felizmente, a enfermidade pode ser prevenida pelas vacinas meningocócica B e ACWY, que podem ser encontradas em farmácias. Alguns dos sintomas para a doença são: febre alta, dor de cabeça, dificuldade para mover o pescoço, entre outros.

“Além das vacinas, é importante que a prevenção seja acompanhada por alguns comportamentos, como evitar ambientes sem ventilação, manter uma hidratação e alimentação adequada, auxiliando no fortalecimento da imunidade”, comenta a farmacêutica.

Dados

De acordo com dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), do Ministério da Saúde (MS), a cobertura vacinal do Amazonas para todos os imunizantes disponíveis na rede pública foi de 47,08%, até outubro de 2023. O percentual mínimo considerado ideal é de 75% e o mais indicado, 90%. Nos últimos 23 anos, a única vez em que se ultrapassou o melhor índice foi em 2015, quando chegou a 94% de cobertura vacinal.

Foto: Freepik

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