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Casal desaparece na Floresta Amazônica, somente mulher é encontrada com vida; Veja vídeo

O casal de ribeirinhos Maria Graça Bernardo e José Nilson Bernardo, da comunidade do Carão, no município de Novo Airão-Am, saiu para pescar em afluentes do Rio Negro, na terça-feira (28/03), com previsão de retorno na quinta-feira (30/03). Como não chegaram em casa na data prevista, os familiares e amigos começaram a procurar pelo casal.

A família buscou por ajuda no município de Novo Airão, onde recebeu o apoio da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Defesa civil e Marinha do Brasil, entre outros.

Após quase uma semana de buscas, foi encontrado pela Marinha do Brasil, na manhã desta terça-feira (04/04), uma embarcação de madeira, tipo canoa, à deriva em um lago do Arquipélago de Anavilhanas no Rio Negro. Ao avistar o helicóptero da Marinha, dona Graça começou a acenar, pedindo por socorro.

Maria Graça foi resgatada com vida, mas, infelizmente, José Nilson, seu esposo já havia falecido.

Conforme relatos, o casal estava pescando em uma área pertencente ao Arquipélago de Anavilhanas (Maior arquipélago de ilhas em água doce do mundo), o local possui muitos lagos, e é um verdadeiro labirinto, o que dificultava ainda mais as buscas. Segundo dona graça, seu esposo José Nilson, teve um mal súbito e veio a falecer logo nos primeiros dias da pescaria.

Maria Graça, ficou com o corpo do seu esposo na canoa, e sem nenhum tipo de instrumento para auxiliar na locomoção da embarcação, a única coisa que lhe veio à cabeça foi, empurrar a canoa para sair de dentro do Igapó, e tentar chegar até o leito principal do rio Negro, onde imaginava ser mais fácil conseguir ajuda.

A região passa por um período muito chuvoso, conhecido como inverno amazônico, o que fez os dias e noites ainda mais perigosos e sofridos. Devido as chuvas o rio se agitava, trazendo o risco de alagamento a todo momento, além dos ventos fortes e o frio intenso.

Graça relatou que, a única proteção que existia na canoa, era um pedaço de lona, e quando chovia, ela usava a lona para proteger-se, e minimizar o frio intenso. Já quando o sol aparecia, a lona era utilizada para cobrir o cadáver de seu esposo, tentando evitar que o corpo entrasse em decomposição antes de serem encontrados.

A embarcação ficou à deriva por quase uma semana, até ser avistada na manhã desta terça-feira (04/04) por um helicóptero da Marinha do Brasil.

Por meio das redes sociais, a família Bernardo agradeceu a todos familiares e amigos que se empenharam nas buscas pelos pelo casal de desaparecidos, principalmente a Marinha do Brasil.

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