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Pelé: O Rei Que Transformou o Futebol nos EUA

O “Rei Pelé”, como é conhecido mundialmente, vestiu apenas três camisas durante sua carreira: Santos, Seleção Brasileira e New York Cosmos. Após sua aposentadoria, Pelé decidiu aceitar um convite e desembarcou em Nova Iorque com uma missão: desenvolver o futebol nos Estados Unidos.

O Início da Lenda nos EUA

Após 18 anos vestindo a camisa do Santos, Pelé anunciou sua aposentadoria em 1974. No entanto, o mundo do futebol não estava acostumado a não ver a maestria do Rei nos gramados. Após se aposentar, recebeu diversos convites, e um deles chamou sua atenção: o do New York Cosmos.

Em 1975, o até então desconhecido clube americano tirou Pelé da aposentadoria, oferecendo-lhe um acordo multimilionário em junho daquele ano.

O interesse em contar com o craque brasileiro para difundir o futebol nos EUA era tão grande que esse processo foi acompanhado pelo então secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger, que chegou a escrever uma carta ao governo brasileiro enfatizando a importância de sua presença para as relações bilaterais.

Inicialmente, as cores do Cosmos foi o verde e amarelo, em homenagem a seleção brasileira, que ganhou a Copa do Mundo de 1970. Foto: Bettmann

O Futebol Antes de Pelé

Para se ter uma ideia, naquela época, o futebol nos Estados Unidos não era um esporte popular. A liga de futebol semiprofissional era formada por times compostos por zeladores latino-americanos, trabalhadores europeus e estudantes universitários.

A chegada de Pelé mudou esse cenário, trazendo visibilidade, torcedores e grandes jogadores para um mercado promissor como o norte-americano.

Torcedores norte-americanos reverenciam Pelé como Deus do futebol. Foto: Estadão

O Efeito Pelé: Atraindo Estrelas Mundiais

O sucesso de Pelé em terras norte-americanas abriu as portas para a chegada de outros craques, como o alemão Beckenbauer, o brasileiro Carlos Alberto Torres e o português Eusébio, todos seus companheiros no Cosmos.

Outros clubes se viram obrigados a investir para não ficarem para trás. Assim, estrelas mundiais como Johan Cruyff, George Best, Gordon Banks, Bobby Moore e Gerd Müller também passaram pelo futebol americano.

Respectivamente, Carlos Alberto Torres, Beckenbauer, Cruyff e Pelé. Foto: Cosmos

O Auge e o Declínio da NASL

A NASL (Liga de Futebol da América do Norte), impulsionada pelo Cosmos, viu sua média de público crescer. De acordo com o site Superesportes, o número de espectadores por jogo passou de 7.597, em 1975, para 13.584, em 1977.

No entanto, na década seguinte, em 1985, o Cosmos entrou em crise financeira e deixou de existir como time de futebol. O clube fechou as portas e só retornaria às atividades 30 anos depois. Além do Cosmos, a própria NASL também entrou em crise financeira e encerrou suas operações em 1984.

Logo da NASL, em 1975. Foto: SportLogos

O Legado: O Nascimento da MLS

Em 1993, surgiu a Major League Soccer (MLS), criada como parte de um acordo para que os Estados Unidos sediem a Copa do Mundo de 1994.

Para receber o torneio, a Federação de Futebol dos Estados Unidos (USSF) se comprometeu a criar uma liga profissional de elite, visto que a NASL, na época, era considerada uma liga de segunda divisão. No entanto, a competição só teve início em 1996, com dez times.

Atualmente, a MLS é um sucesso nos Estados Unidos e foi impulsionada pela presença de craques como Kaká, Henry, Beckham, Pirlo e Ibrahimović.

Em três anos de Cosmos, Pelé marcou 65 gols em 103 partidas e conquistou um título da NASL. Sua despedida aconteceu em 1977, em um jogo amistoso contra seu ex-clube, o Santos.

Graças a Pelé, o futebol se tornou um esporte popular nos Estados Unidos, e grande parte do sucesso da MLS se deve ao caminho que ele ajudou a pavimentar anos atrás.

Pelé em sua despedida em 1977 do Cosmos, com o estádio lotado. Foto: Cosmos

Colaboração: Vinycius Lee

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