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Caso Andressa Urach reacende alerta sobre hidrogel

Conhecida por sua participação em programas de televisão e por se tornar meme nas redes sociais, Andressa Urach, também chamada de Ímola, seu “nome de guerra” na época em que atuava como dançarina, enfrentou uma crise de saúde grave em 2014. O motivo: a aplicação indevida de hidrogel, substância que não foi bem absorvida pelo seu organismo, gerando uma infecção que quase a levou à morte.

“Eu usava botas brancas, sainhas curtas, top, cabelo bem loiro… Era Ímola, nome de guerra, Ímola”, relembrou Andressa em entrevista à Rede Record.

Ascensão à fama

Andressa Urach iniciou sua carreira artística em 2011 como assistente de palco no programa Legendários, da Rede Record. Ganhou projeção nacional ao se tornar dançarina do cantor Latino e, em 2013, participou da sexta edição do reality A Fazenda, também da Record.

No ano seguinte, seu nome voltou aos holofotes, desta vez por uma razão preocupante: a modelo foi internada em estado grave após enfrentar complicações causadas pelo uso do polimetilmetacrilato (PMMA), um tipo de hidrogel, aplicado nas pernas com o objetivo de aumentar o volume.

Andressa Urach no Programa Legendários da Rede Record, ao lado de Marcos Mion, apresentador do programa. Foto: Antônio Chahestia/Tv Record

Complicações e cirurgias

Com o passar dos anos, Andressa passou a sentir fortes dores e inflamações nas pernas. Os exames revelaram infecções e necroses nos tecidos, exigindo diversas cirurgias para remoção do produto.

O caso mobilizou a opinião pública e abriu espaço para uma discussão mais ampla sobre os riscos dos procedimentos estéticos não regulamentados.

Andressa Urach internada em um hospital de São Paulo. Foto: AKM-GSI/Sphash

O caso do “Ken Humano”

Outro caso que chocou o país foi o de Celso Santebañes, conhecido como o “Ken Humano”. Ele se submeteu a múltiplas intervenções para se parecer com o boneco. Em 2015, durante a investigação de uma inflamação nas pernas, descobriu que sofria de leucemia linfóide aguda e faleceu meses depois, aos 21 anos.

Celso era conhecido como Ken Humano, após vários procedimentos estéticos para se parecer com o boneco. Foto: Reprodução / Facebook e Instagram pessoal

Embora não existam provas diretas de que o uso de hidrogel tenha causado a doença, o episódio reforçou os riscos associados a intervenções sem respaldo médico adequado.

Celso Santebañes (Ken Humano), internado em um hospital de São Paulo. Foto: Celso Santebañes/Arquivo Pessoal

PMMA: aprovado, mas com restrições

O PMMA é aprovado pela Anvisa apenas para correções específicas e em pequenas quantidades. Seu uso para aumento de volume corporal ou facial é desaconselhado. Quando mal aplicado, pode causar inflamações, migração do material, infecções e até necrose.

Um padrão inalcançável

A busca pela perfeição estética tem se intensificado, principalmente entre mulheres, impulsionada por padrões de beleza impostos pela mídia e pelas redes sociais. Muitas vezes, isso leva à realização de procedimentos em clínicas não licenciadas, aumentando os riscos à saúde física e mental.

“A busca pela perfeição estética é um fenômeno complexo, que envolve aspectos psicológicos, sociais e culturais”, afirma a psicóloga Maria Cristina Martins, especialista em imagem corporal. “É fundamental que as pessoas tenham consciência dos riscos e optem por alternativas seguras e saudáveis.”

Um alerta necessário

Em diversas entrevistas, Andressa Urach relatou ter se sentido pressionada pela indústria da beleza e pela sociedade a manter um padrão estético inatingível. Ela reconhece que essa pressão a levou a tomar decisões perigosas para sua saúde.

Sua história é um alerta importante: a beleza é subjetiva, e o bem-estar deve estar sempre em primeiro lugar. Antes de optar por qualquer procedimento estético, é essencial buscar orientação com profissionais qualificados e avaliar os riscos envolvidos.

Perna da Andressa Urach, quando estava no processo pós cirurgia. Foto: The Grosby Group

Colaboração: João Lucas

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