Conclave: entenda como os cardeais escolhem o novo Papa
Reunidos em segredo na Capela Sistina, cardeais do mundo inteiro elegem o novo líder da Igreja Católica em um ritual repleto de tradição e simbolismo. O conclave é marcado por sigilo absoluto e simbolismos milenares que despertam a atenção global sempre que há necessidade de uma nova liderança.
Sempre que o trono papal fica vago, seja por morte ou renúncia do Papa, o mundo volta sua atenção para o Vaticano, onde ocorre um dos eventos mais misteriosos da Igreja Católica: o conclave. O processo, cheio de rituais milenares, define quem será o novo Papa, uma figura com influência espiritual e política global.

O que é o Conclave?
A palavra conclave vem do latim cum clavis, que significa “com chave” ou “fechado à chave”. O termo remete ao ritual de isolamento dos cardeais eleitores na Capela Sistina, no Vaticano, onde permanecem reclusos até a escolha do novo líder da Igreja Católica.
Com a morte do Papa Francisco no mês passado, o Vaticano se prepara para um dos eventos mais solenes e tradicionais da Igreja. Nesta terça-feira (7), 133 cardeais com menos de 80 anos de idade se reúnem em Roma para dar início ao conclave.
Para ser eleito, o novo Papa precisa receber ao menos 89 votos — o equivalente a dois terços do total de eleitores. As votações seguem em sigilo até que um nome alcance a maioria qualificada exigida.

Como funciona a eleição?
Após a declaração da Sede Vacante, os cardeais se reúnem em oração e discussão. O processo pode durar vários dias. A cada rodada de votação, os votos são contados em segredo, e os resultados são sinalizados ao público com fumaça saindo de uma chaminé da Capela Sistina:
- Fumaça preta: nenhum Papa foi eleito.
- Fumaça branca: um novo Papa foi escolhido.

A escolha do novo Papa
Assim que um cardeal é eleito, ele é questionado se aceita a missão. Caso aceite, escolhe um novo nome papal e veste as vestes brancas. Minutos depois, o cardeal protodiácono anuncia ao mundo, da sacada da Basílica de São Pedro:
Habemus Papam — “Temos um Papa!”
O Papa não lidera apenas os mais de 1 bilhão de católicos no mundo. Ele também atua como chefe de Estado do Vaticano e exerce influência sobre pautas sociais, ambientais, diplomáticas e morais.
Sua escolha pode sinalizar mudanças importantes na forma como a Igreja se posiciona diante de temas contemporâneos, como direitos humanos, crises globais e ciência.
Enquanto os cardeais deliberam, milhões de fiéis rezam em diferentes partes do mundo. Para muitos, o conclave é mais que uma eleição — é um momento de renovação espiritual e de esperança por uma liderança que una, inspire e fortaleça a Igreja em tempos desafiadores.

Colaboração: Leonisia Silva