Inclusão no transporte público ainda é um desafio para Brasil
A inclusão no transporte público é um direito garantido por lei, mas, na prática, ainda está longe de ser uma realidade para muitas pessoas com deficiência, mobilidade reduzida ou necessidades específicas. Em pleno 2025, o acesso universal ao transporte coletivo nas grandes cidades brasileiras continua sendo um obstáculo diário para milhares de cidadãos.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 17 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência.
Apesar dos avanços na legislação, como a Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015), a infraestrutura urbana e os sistemas de transporte público muitas vezes falham em garantir condições mínimas de acessibilidade.

Problemas recorrentes
Entre os principais problemas enfrentados estão ônibus com elevadores quebrados, ausência de pisos táteis nas estações, falta de treinamento adequado para motoristas e cobradores, além de falhas na comunicação visual e sonora para pessoas com deficiência visual ou auditiva.
Algumas cidades, como Curitiba e São Paulo, têm avançado em políticas de acessibilidade, investindo em frota adaptada, bilhetagem inclusiva e aplicativos com recursos acessíveis. No entanto, especialistas afirmam que é preciso ir além da adaptação de veículos: é necessário integrar toda a cadeia de mobilidade urbana com foco em acessibilidade plena.

O papel da sociedade e do poder público
A inclusão no transporte público exige um esforço conjunto entre poder público, empresas operadoras e sociedade civil. Organizações não governamentais e coletivos de mobilidade urbana têm pressionado por mudanças mais eficazes e por fiscalizações mais rigorosas.
Enquanto isso, usuários com deficiência seguem enfrentando barreiras físicas, sociais e estruturais todos os dias para exercer seu direito de ir e vir com dignidade.

Mais do que uma questão de acessibilidade, a inclusão no transporte público é uma questão de cidadania. Garantir que todas as pessoas possam se deslocar de forma segura e autônoma é essencial para uma sociedade verdadeiramente justa e democrática.
Colaboração: Luciana Aguiar