Obesidade Infantil: Como a alimentação pode mudar esse cenário
A Organização Mundial de Saúde alerta para uma epidemia global de obesidade infantil em 2025, aproximadamente 75 milhões de crianças podem ser afetadas. No Brasil, cerca de 9,4% de meninas e 12,4% de meninos já são obesos, segundo a entidade. Esta doença, de acordo com a OMS, atinge países de baixa e média renda.
Qual o papel da introdução alimentar no combate a esse problema?
O início da Introdução Alimentar é marcado pela fase das descobertas, tudo que for apresentado para o bebê será analisado de forma criteriosa, eles passam a explorar a textura, o gosto ou mesmo a cor de legumes, frutas e verduras. Esse contato inicial com os alimentos é essencial para garantir uma nutrição adequada, favorecendo o crescimento e desenvolvimento saudável da criança.

Criar uma rotina equilibrada é um processo que começa na infância, e os pais, especialmente os de primeira viagem, têm um papel fundamental nessa construção. Desde os primeiros seis meses após o seu nascimento, é possível promover uma qualidade de vida para a criança com o auxílio de um profissional, que pode orientar sobre as melhores escolhas alimentares, os métodos de introdução e até o formato ideal de corte dos alimentos.
Você já ouviu falar no método de corte BLW?

O método BLW (Baby-Led Weaning) é uma abordagem que incentiva o bebê a explorar os alimentos de forma autônoma, sem a necessidade de papinhas ou colheres. Nesse método, os alimentos são oferecidos em cortes específicos, seguros para a mastigação e pega do bebê, respeitando seu desenvolvimento motor e evitando riscos de engasgo. Além de estimular a independência alimentar, o BLW ajuda na formação de hábitos saudáveis desde os primeiros anos de vida.
Tentativas, erros e acertos
A nutricionista infantil Geiziane Rodrigues explica que a introdução alimentar deve ser feita com paciência e sem pressão. Segundo ela, é comum que os bebês rejeitem determinados alimentos inicialmente, mas isso não significa que nunca irão aceitá-los.
“Nem sempre a criança vai aceitar um alimento na primeira tentativa, e isso é normal. O importante é oferecer de formas diferentes, respeitando o tempo dela. A insistência sem imposição ajuda a criar uma relação positiva com a comida e reduz o risco de obesidade no futuro. No caso da rejeição, os pais devem reapresentar esses alimentos em momentos diferentes, explorando novas texturas, cortes e preparos. Pequenas mudanças podem despertar o interesse da criança, tornando a alimentação um processo prazeroso e natural”, orienta a nutricionista.

Além disso, o ambiente das refeições influencia a aceitação dos alimentos e evitar distrações como telas pode tornar o momento da refeição agradável e divertido, principalmente com outra criança, com o auxílio dos pais e profissionais.
Sobre a nutricionista

Geiziane Rodrigues é nutricionista infantil, especializada em introdução alimentar e educação nutricional para crianças. Com experiência no atendimento a famílias, ela orienta pais e responsáveis na construção de hábitos alimentares saudáveis desde os primeiros meses de vida, ajudando a prevenir a obesidade infantil e promover uma relação positiva com a comida.
Instagram: @nutri_geizesilva
Colaboração: Laura Figueiredo